sábado, 26 de janeiro de 2013

Calotes:Pessoas físicas e jurídicas.


Inadimplência

Taxa de inadimplência volta a subir

Dados do BC mostram que falta de pagamento das dívidas cresceu no ano passado; endividamento das pessoas físicas chega ao mesmo nível de 2009

Movimento de clientes na concessionaria matriz da Kia Motors na avenida Francisco Junqueira
Estímulos à compra de veículos em 2009 ainda estaria pressionando a alta da inadimplência Movimento de clientes na concessionaria matriz da Kia Motors na avenida Francisco Junqueira (Fabiano Accorsi)
O governo esperava uma taxa de inadimplência estável ou em queda no ano passado. Tanto o Banco Central (BC) como o ministro da Fazenda, Guido Mantega, repetiram ao longo de 2012 que o calote não preocupava a equipe econômica.
No entanto, os dados divulgados na manhã desta sexta-feira pelo BC mostram que a inadimplência continua crescendo: a taxa média do calote de pessoas físicas e empresas encerrou 2012 a 5,8%, alta de 0,3 ponto procentual na comparação com 2011.
O problema mais grave é o endividamento das pessoas físicas. No ano passado, a taxa de inadimplência bateu em 7,9%. Apesar de todos os esforços da equipe econômica para reduzir o pedo do endividamento das famílias, o não pagamento de dívidas acelerou 0,5 ponto porcentual e ficou acima das expectativas. É o pior resultado desde 2009, quando o BC registrou 8% para o não pagamento das dívidas superiores a 90 dias (base de cálculo utilizada nesse indicador).
A persistência do aumento da inadimplência nos últimos três anos incomoda o governo, principalmente pelo baixo nível de crescimento do PIB no ano passado. O estímulo ao consumo, considerado o remédio para o fraco crescimento da economia, pode se transformar em veneno caso a inadimplência fique descontrolada.
Mas o BC argumenta que boa parte desse aumento continua ligado à compra de veículos novos em 2009. Naquele ano, para estimular a aquisição de carros, foi permitido o parcelamento em até 72 meses dos automóveis.
"Havia uma preocupação maior sobre o segmento de crédito para veículos, que concentrava a maior parte do problema da inadimplência", disse Tulio Maciel, chefe do Departamento Econômico do Banco Central.
Neste ano, as dívidas da compra de carros não devem mais influenciar na taxa de inadimplência. Nas previsões do BC, isso deve fazer o indicador permanecer estável.
(Com Estadão Conteúdo)

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