quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Estudantes pedem regras de segurança rígidas para boates


Estudantes pedem regras de segurança rígidas para boates

Manifestantes querem que tragédia de Santa Maria sirva como exemplo para corrigir falhas, como fez a Argentina após incêndio semelhante que matou 194

Marcela Donini, de Santa Maria
Familiares em frente a boate Kiss, em Santa Maria
Familiares em frente a boate Kiss, em Santa Maria - Felipe Dana/AP
Gritando por justiça, uma manifestação liderada por entidades estudantis de Santa Maria e com o apoio da União Nacional do Estudantes (UNE) exigia a presença do prefeito, Cezar Schirmer, em frente ao prédio da prefeitura no final da tarde desta terça-feira. A passeata começou em frente à Delegacia de Polícia Regional, a poucas quadras dali, interrompendo uma coletiva para imprensa.
Os manifestantes carregavam cartazes citando o exemplo do que ocorreu na Argentina, em 2004, quando um incêndio semelhante ao da boate Kiss no domingo matou 194 pessoas em uma casa noturna. Após a tragédia em Buenos Aires, foram modificadas as medidas de seguranças para este tipo de estabelecimento no país.
Quem falou aos jovens gaúchos foi a chefe de gabinete, Magali Marques da Rocha, que julgou algumas manifestações equivocadas e reiterou que "a prefeitura não se responsabiliza pela fiscalização do funcionamento do local, mas apenas dá a licença para abrir o negócio". Na coletiva interrompida pelo ato, o delegado Marcelo Arigony e o promotor Cesar Augusto Carlan afirmaram que agentes públicos podem - sim - ser responsabilizados pela tragédia brasileira.
Sob vaias, Magali retornou ao interior do prédio. Os jovens voltaram a insinuar que a questão do fechamento de bares na cidade não é técnica, mas sim, política. Graziela Motta, mestranda em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Santa Maria, lembrou que o espaço para eventos do Diretório Central dos Estudantes da instituição foi fechado em janeiro após reclamações da vizinhança. "E bares privados, como a Kiss, cheios de irregularidades, não são fechados. Por que será?" Segundo ela, era comum a casa permitir a entrada de meninas com 17 anos. Entre os 234 mortos no incêndio, havia menores de idade.
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